5 coisas que o The Voice Brasil precisa aprender com o The Voice USA
Vamos lá: você é a maior emissora de TV do Brasil, tem bala na agulha e resolve comprar a franquia do reality show musical mais legal do mundo! Inclusive você pode copiar o formato todinho. Mas nãããão, o que você faz? Vai lá e ó: caga o negócio todo.
O The Voice Brasil tinha tudo pra ser um grande sucesso, mas deixa a desejar e tem MUITO o que aprender com o original. Vamos ver?
1- Técnicos
Não há como negar: eles fazem o programa acontecer! Adam Levine e Blake Shelton estão juntos desde a primeira edição e a sintonia entre os dois é tanta que foi criado um “bromance” pra explicar tanto amor <3
Existe uma razão para eles serem chamados de Coaches: TREINAR os candidatos. Todos os técnicos do The Voice USA manjam dos paranauês e dão dicas que fazem a diferença nas apresentações. Desde a escolha das músicas, figurino, presença de palco, voz… tudo é cuidadosamente orientado pelo técnico. É bem legal acompanhar a preparação e evolução de cada candidato ao lado do seu coach. No The Voice BR não dá nem pra saber o que acontece, quase não aparece na edição (mas pelo resultado a gente já sabe que bom não é).
Fase mais tensa do programa, em que dois candidatos disputam uma vaga no time do seu técnico. É a fase em que o técnico é fundamental: tem que escolher a música certa pras duas vozes e tirar cartas da manga pra fazer um duelo incrível, daqueles que você não quer que ninguém seja eliminado. A batalha do vídeo abaixo é um exemplo disso. Aliás, foi depois dessa batalha que criaram o “steal” (“peguei” na nossa versão), pois todos acharam injusto ter que eliminar um dos rapazes.
Grande parte do fracasso da versão brasileira é por causa da edição do programa. E sabemos que não é por falta de verba nem competência, que isso na Globo tem de sobra. Parece preguiça mesmo, tratam o público do The Voice Brasil como se fosse o público do Zorra Total (faz qualquer porcaria aí que o povo curte).
Lá fora, além do programa ter um clima todo diferente e superproduções na fase de apresentações ao vivo, eles ainda nos presenteiam com ótimos vídeos dos bastidores, entrevistas, brincadeiras entre técnicos e candidatos.
O The Voice USA passa na TV americana duas vezes na semana e a coisa fica mais fácil: shows em um dia, abertura da votação ao final de todas as apresentações e resultado no dia seguinte. Simples, prático e justo. Nas fases finais ainda tem o “Instant Save”, onde o público pode salvar um dos candidatos pelo Twitter.
Aqui é tudo no mesmo dia, super corrido e a votação abre ANTES das apresentações. Ou seja: você não vota pela apresentação do candidato naquele dia, e sim porque ele é bonitinho, tem história de vida difícil ou qualquer outro critério aleatório. Se fosse pra fazer caridade, era programa do Luciano Huck né?