Dia do professor Chico Rei - 5 camisetas que vão te ajudar a dar aula

Alô professores de todo o Brasil!

Não faz muito tempo que nós pedimos que mandassem histórias a respeito das relações das camisetas com algum momento da vida de vocês, e olha! Recebemos tantas histórias de professores.

Eu pessoalmente, fiquei impressionada. É muito gratificante ver uma galera que se empenha em um fator tão importante como a educação, amando as estampas e produtos que fazemos aqui!

Foram tantos elogios, tantos comentários positivos, uns falando de alunos, outros falando da relação de sala de aula e professor, que dessa vez o lance vai ser inverso.

Segura aí essas estampas pra te ajudar a dar aquela aula bacana, todo temático!

1 - Aprendendo História com a camiseta Raiz de Minas.

A  atual de Minas Gerais é branca, com um triângulo equilátero vermelho no centro contornado pela expressão em latim, "LIBERTAS QUAE SERA TAMEN /LIBERDADE AINDA QUE TARDIA".

Um dos símbolos da inconfidência mineira, um dos idealizadores da bandeira foi Joaquim da Silva Xavier, o Tiradentes,  um dos maiores mártires brasileiros.  

Um das representações do triângulo foi a união dos ideais de liberdade, fraternidade e igualdade, elementos básicos da da Revolução Francesa, que indiretamente ou diretamente, influenciou o movimento dos inconfidentes pela liberdade e autonomia do povo mineiro. Além disso, a estampa carrega o queijo, um produto derivado do leite, a agropecuária foi e é um das maiores movimentadores da economia mineira.

Por muitos anos, Minas Gerais e São Paulo foram conhecidas como as “repúblicas” do leite e do café, durante o período chamado café com leite, onde representantes de ambos os estados se revezavam nos órgãos máximos de poder no Brasil

2- Aprendendo sobre Arte com a camiseta Tupi or Not Tupi

A década de 20, representa um momento de crise extrema em todo o mundo  sobretudo o que diz respeito  à Primeira Guerra Mundial, que trouxe consigo muitos questionamentos sobre os valores que sustentavam o ocidente. A industrialização traz um novo jeito de observar algumas questões,  assim, novas linguagens procuram expressar, captar, construir uma nova realidade.

No caso do Brasil, esses também são anos de crise, pensamentos revoltosos, revolucionários e criativos entram em ebulição, principalmente nas camadas mais intelectuais. Nesse contexto,acontece em fevereiro de 1922 a Semana de Arte Moderna.

Esse evento apenas serve para oficializar todo um movimento que buscar encontrar no próprio Brasil a sua voz artística, sem ter que acessar escolas e estéticas europeias.

Nasce no mundo todo um processo de retorno ao que é mais “primitivo”, ou seja, a essência de criação de um povo, abdicando diretamente a história padrão contada. Assim, Mário de Andrade,  um dos gestores do grupo modernista, propõe a rejeição ao  o passado ao mesmo tempo em que propõe um retorno às raízes, ou seja: rejeitam a história que a cultura oficial oferece do passado. Buscam, portanto, um redescobrimento do Brasil.

Passam então a confrontar sua própria história em uma atitude crítica em que o humor, a ironia e a paródia desempenham um papel fundamental !

Juntos o movimento constrói um processo artístico e filosófico,  antropofagia que entendia o retorno a identidade brasileira como um antídoto ao imperialismo europeu português.

Tupi era uma língua comum entre os nativos brasileiros na época da chegada dos “descobridores” ao Brasil.

Be or not to be, uma frase bravada por Hamlet em uma das mais famosas e belas peças do inglês Shakespeare.

Tupi or not Tupi, criação de de Mário de Andrade com um questionamento irônico sobre ser o que se é, ou um produto do que fizeram de todos nós!*

*Ainda é arte, ou seja, liberdades diversas de compreender essa frase.

3 - Aprendendo Matemática com a camiseta Continhas

Em um estudo publicado em 2015, os pesquisadores estadunidenses Ilaria Berteletti e James R. Booth analisaram uma região específica do cérebro, dedicada à percepção e à representação dos dedos.  

A partir disso, outros pesquisadores verificaram a consciência que cada estudante tem dos seus dedos com a seguinte experiência: o pesquisador tocava o dedo da criança sem que ela visse qual dedo era tocado; ela devia então identificar qual dedo era. Com isso, os pesquisadores perceberam que quanto melhor era a consciência dos dedos na primeira série, maiores eram as notas em comparação e estimativa numérica na segunda série.

A qualidade da representação dos dedos de uma criança de seis anos de idade é um fator  importante na sua futura performance na matemática como apontam testes de processo cognitivo.

A matemática visual é poderosa para todos os estudantes. Todo mundo usa a visão quando trabalha com matemática. O problema é que a matéria sempre foi apresentada  como uma questão de número e símbolos, ignorando o seu potencial visual para transformar as experiências dos estudantes e desenvolver conexões cerebrais importantes.

4 - Aprendendo Literatura com E agora José?

Porque não usar a poesia para entender a função social de um texto literário?

No espaço desta reflexão vamos usar o poema José Carlos Drummond de Andrade para buscar uma análise  de interpretação dos textos, para de demonstrar a a conjuntura política e social em  meio ao impacto da experiência violenta e opressiva do Estado Novo, pós primeira guerra e antes da segunda guerra.

É bacana observar o contexto histórico e social do momento, a partir da produção literária de Carlos Drummond de Andrade, poeta que estava na ativa durante as décadas de 20 e de 30 período de muita instabilidade política e social.

Um dos maiores e mais conhecidos poemas de Drummond, "José" exprime a solidão do indivíduo na cidade grande e sua falta de esperança.

Na composição, o sujeito lírico se interroga repetidamente acerca do rumo que deve tomar, procurando um sentido possível.

José, um nome muito comum na língua portuguesa, pode ser entendido como um sujeito coletivo, simbolizando um povo. Assim, parecemos estar perante a realidade de muitos brasileiros que superam inúmeras privações e batalham, dia após dia, por um futuro melhor.

Na reflexão sobre o seu percurso é evidente o tom disfórico, como se o tempo tivesse deteriorado tudo em seu redor, o que fica nítido em formas verbais como "acabou", "fugiu", "mofou". Listando possíveis soluções ou saídas para a situação atual, percebe que nenhuma delas funcionária.

Nem mesmo o passado ou a morte surgem como refúgios. Contudo, o sujeito assume a sua própria força e resiliência ("Você é duro, José!"). Sozinho, sem a ajuda de Deus ou o apoio dos homens, continua vivo e segue em frente, mesmo sem saber para onde!

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio — e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?

5 - Aprendendo Biologia com a camiseta Insetos

Os insetos são o maior grupo animal da terra nos tempos atuais. Eles ultrapassam todos os outros em quantidade e existem em praticamente  todos os lugares.

Muitos insetos são extremamente valiosos para nós humanos, e a sociedade atual deve sua forma à eles.  Desde a polinização, até a produção de produtos comerciais e servindo de alimento para pássaros e peixes.

Além disso, os insetos servem como modelos biológicos e evolutivos para outros seres, devido ao seu tamanho reduzido e ciclo de vida curto; assim podem ser facilmente criados em laboratório.

Os insetos geram diversos benefícios para o homem, assim como em todos os ecossistemas onde estão presentes. Por exemplo, a reprodução sexuada  só é possível graças aos polinizadores.

Eles estão presente em todos os níveis tróficos, com exceção dos produtores (consumidores de primeira ordem (herbívoros): grilo, consumidores de segunda ordem (predadores): percevejos, consumidores de terceira ordem (parasitóides): Hymenoptera, consumidores de quarta ordem (hiperparasitóides): Hymenoptera, Detritívoros: cupins).


50% das espécies existentes no mundo são de insetos, dessa forma é possível afirmar que os insetos são encontrados em quase todas as partes do planeta.

Há espécies que vivem nos desertos, em lugares extremamente quentes, outros são encontrados em montanhas muito altas e lugares frios.

Existem diversas teorias que tentam explicar tamanha diversidade e abundância. Uma possível explicação refere-se à sua capacidade reprodutiva.  A maioria dos insetos produz uma grande quantidade de filhotes, e alguns chegam a produzir várias gerações por ano. Isso permite uma adaptação mais rápida com relação às alterações do ambiente e às catástrofes, e também ao uso de inseticidas.

Um outro fator de relevância é o seu tamanho reduzido. Há várias vantagens em ter tamanho pequeno:
- Os indivíduos requerem menos energia e tempo para completar seu ciclo de vida
- Os insetos podem esconder-se de predadores facilmente em microhabitats
- Por causa também dos microhabitats eles podem ocupar um número maior de habitats, comparado com animais de grande porte
- Sistema muscular eficiente
- Utilizam radiação solar pra se aquecer
- Utilizam ajuda do vento para se movimentar, o que permite um deslocamento a grandes distâncias