Machu Picchu significa "Velha Montanha" no idioma indígena quíchua. Além de ser um dos principais símbolos do Império Inca, carrega também o título de uma das sete maravilhas do mundo, e é considerado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO.
Redescoberta em julho de 1911 pelo professor Hiram Bingham, a cidade fica localizada no topo de uma montanha peruana, a 2.400 metros de altura do rio Urubamba, elementos responsáveis por criar um cenário ainda mais bonito e sagrado. Junto da capital Cusco, protagoniza um dos principais roteiros turísticos do Peru.
Muitos são os motivos pelos quais nos sentimos surpreendidos e admirados por esse lugar. Com sua construção datada do século XV, ainda hoje pairam dúvidas sobre o grau de desenvolvimento da civilização que habitava Machu Picchu. Claro que, devido ao tempo, foi necessário restaurar partes do patrimônio, mas cerca de 30% de tudo que vemos por lá é da construção original.
É inegável o tanto de conhecimento necessário para criar, naquela época, algo como o Macchu Picchu. Não é à toa que os invasores espanhóis jamais descobriram a cidadela e ela foi um dos poucos lugares a resistir à devastação causada por eles no século XVI. Cada parte foi estrategicamente pensada, desde a localização rodeada pela floresta e por grandes montanhas, até as técnicas de construção que envolviam o encaixe perfeito de pedras de granito de até 55 toneladas (!!!) e os sofisticados sistemas de irrigação e distribuição de água.
Dividido em duas grandes zonas: a Agrícola e a Urbana, distribuía assim a residência da nobreza, a praça, os templos, huacas (local onde eram depositadas as oferendas), oficinas, armazéns e fazendas.
Apesar dos mais de 100 anos de redescobrimento, o motivo do abandono do lugar por parte dos Incas segue sendo um mistério. Há quem diga que o período coincide com o da invasão espanhola ao país, mas existem outros indícios de que a montanha continuou a ser habitada pelos povos incas mesmo após a invasão. No mais, é possível acreditar que eles tenham saído por causa de doenças!
A título de curiosidade, e voltando um pouquinho na linha do tempo, as expedições arqueológicas do professor Bingham, por volta de 1912-1915, encontraram o total de 135 corpos no local (109 mulheres, 22 homens e 4 crianças). Além de utensílios como: panelas (555), objetos de bronze, cobre e prata (200), e algumas ferramentas de pedra.
Um lugar tão rico em história não poderia ficar de fora da nossa coleção totalmente dedicada à latinidade. E enquanto não podemos de fato nos encontrar com a Cidade Perdida, que a gente se sinta mais perto desse tanto de cultura e significado que fica bem aqui do nosso lado!