A gente se veste e isso é um fato. Mas por que usamos roupas, afinal?
Juntamos algumas curiosidades sobre a história das roupas para tentar responder a essa e a outras perguntas. Nos acompanhe nesse tour pela história e se impressione, como eu, com a evolução de uma “simples” camiseta.****
História das roupas
O vestuário acompanha o ser humano desde a Pré-História. Os homens das cavernas, por exemplo, se cobriam com peles por dois motivos. O primeiro deles era muito simples, pelo intuito de se protegerem das intempéries da natureza. Friozinho, chuva, e até evitar machucados. O segundo motivo trazia consigo elementos psicológicos, uma vez que vestir uma pele de animal podia significar bravura, habilidades de caça e poder. O povo se vestia também para se expressar e tudo isso já acontecia há mais de 100 mil anos! Surgia um certo senso de identidade, objeto estudado pela história das roupas.
Foram encontradas provas de que os seres humanos já faziam roupas de forma mais recorrente no fim da Idade da Pedra, há cerca de 25 mil anos atrás. A galera, pelo visto, tava pegando o jeito! Através de estudos na história das roupas, descobriu-se que os instrumentos utilizados para a confecção eram agulhas primitivas feitas com ossos e a matéria-prima das peças concentrava-se em pelos de animais e fibras de plantas, como o algodão. A parada já tava começando a ficar mais confortável…
Ainda na história das roupas, entrando na Antiguidade. Sabiam que apenas pessoas que tinham grana se vestiam? As outras pessoas andavam nuas mesmo! Alguns registros do Egito Antigo mostravam que os homens, naquela época, usavam um tecido amarrado em volta do quadril, como uma espécie de fralda (ainda bem que o tempo passa, né?!), e as mulheres usavam uma espécie de vestido amarrado nas costas que deixava os seios livres.
Os anos foram correndo, as “saias-fraldas” dos homens ficaram mais compridas e os vestidos das mulheres passaram a cobrir os seios. O tempo passou mais um bocado e ambos começaram a se vestir com uma espécie de “roupão” que ficava largo e tinha um recorte para a cabeça. Estilo Dobby, o elfo, vestido de fronha. Nessa época os persas passaram a ter roupas mais bem feitas. Homens já usavam calças justas no corpo, túnicas e os primeiros casacos. Tudo isso ajudava na caça! O mais legal é que, nessa cultura, as roupas femininas eram iguais às masculinas.
Na Idade Média, o Império Romano caiu, e com ele também caíram as túnicas com influência grega. Lembra das “camisias” no nosso textinho da camiseta? ( lembre de olhar no final da página) Pois é, aqui começava o seu adeus. Os nobres da Europa passaram a usar roupas cada vez mais pesadas e elaboradas. A habilidade dos que faziam as peças se aprimorava aos poucos, e logo alguns comércios especializados começaram a surgir. As mulheres mais simples usavam vestidos retos, presos no tronco, e os homens passaram a usar meias e camisas com mangas debaixo de túnicas. Pensa no estilo!
A contribuição do Renascimento para a história das roupas foi ainda maior. Homens já usavam casacas mais elaboradas, e mulheres vestidos presos ao busto. A corte espanhola passou a influenciar geral, e foi daí que veio aquele colarinho bizarro, digo, gigantesco, que a galera usa naqueles quadros antigos. Essa moda durou uns 200 anos, acreditam?
Mas, no século XVII a França chegou chegando, e os looks de lá eram copiados por quase todos. A Inglaterra não aderiu à tendência, porque tava numa vibe mais séria. Os homens ingleses mantinham o cabelo cortadinho, calças sob medida, e as mulheres usavam vestidos longos, sem muitos detalhes emperequetados.
Mas aí, amigas e amigos, surgiu a Revolução Industrial, que trouxe para a história das roupas o surgimento das máquinas, que poupavam o trabalho de até 200 pessoas. Fazer roupa ficou muito fácil e barato! Com isso nasceu o jeans, mas só era usado por mineradores e cowboys nos Estados Unidos. A coisa continuava melhorando, percebam.
Para a história das roupas a Idade Moderna trouxe os ternos (adoro!) e as saias de todos os comprimentos, garbosíssimas. Na primeira metade do século XX, as moças ainda não costumavam usar calças e as camisetas ainda tinham seu “quê” de roupa de baixo. Logo mais a calça, peça impopular entre as mulheres, virou moda entre essas, e a camiseta passou a se popularizar primeiramente entre os militares. Depois disso a gente sabe que virou febre pra todo mundo!
Dos anos 50 pra frente é que tudo muda mais do que em milhares de anos! Para a história das roupas, esse período foi de suma importância. Veio mini-saia, jeans é pra todos, roupas esportivas, tecidos sintéticos variados e cortes universais. As distinções entre roupas masculinas e femininas ficam cada vez mais tênues, e a liberdade para se expressar através do vestuário ganha uma força bacana!
Da pele de animal que vestia o homenzinho da caverna à camiseta do homem contemporâneo, o caminho foi longo, mas uma essência se manteve até hoje. A pergunta volta: por que usamos roupas, afinal? Porque elas além de nos proteger, como fazem desde sempre, são uma maneira muito pessoal que temos de nos expressar e mostrar para o mundo quem somos, às vezes sem precisar de que digamos uma única palavra.
Isso é o que inspira a Chico Rei: te ajudar a vestir sua personalidade e ser quem você quiser no mundo. Roupa feminina, roupa masculina, não importa, é você, e roupa também é arte!