O que foi a Resposta Histórica do Vasco da Gama?

O futebol no Brasil é amplamente reconhecido como a paixão nacional, permeando todas as classes sociais e etnias

Porém, no início do século XX, o cenário era drasticamente diferente. O esporte, trazido por ingleses, começou como uma prática extremamente elitista e segregacionista

A elite carioca da época utilizava o futebol como ferramenta de distinção social, barrando a participação de atletas negros, mulatos e de origem operária ou pobre

Dados da época, embora difíceis de serem mensurados com exatidão moderna, indicam que a quase totalidade dos jogadores e dirigentes dos principais clubes do Rio de Janeiro era composta por homens brancos e abastados

A segregação, que não era apenas racial, mas também social, visava manter a "pureza" do futebol, impedindo que classes menos favorecidas pudessem disputar em pé de igualdade. 

Racismo no futebol brasileiro e a segregação de pessoas pobres

A fundação do futebol no Brasil, trazida por filhos da elite que estudavam na Europa, como Oscar Cox e Charles Miller, carregava o DNA da exclusão

O esporte era um evento social de gala, comparável à ópera, onde a plateia vestia ternos de linho e as mulheres, chapéus sofisticados. 

Taxas para jogar

Os primeiros clubes cobravam taxas de inscrição e mensalidades exorbitantes, valores que equivaliam a meses de salário de um trabalhador comum. Essa barreira financeira era o primeiro muro para impedir que as camadas populares acessassem os gramados da Zona Sul.

Deterioração do esporte 

A presença de jogadores negros ou pobres era vista como uma "deterioração" do esporte, que deveria ser praticado apenas por sportsmen de famílias tradicionais

Havia um temor real de que o contato físico inerente ao jogo, se praticado com pessoas de "classes inferiores", gerasse conflitos ou "imoralidades". 

O “racismo científico da época, que pregava o branqueamento da população, encontrava no futebol um palco para reafirmar a suposta superioridade e elegância da elite branca

O Vasco da Gama viria a implodir essa lógica anos depois.

Por que pessoas negras não podiam praticar futebol? O "Pó de Arroz" e a proibição velada

A proibição da participação de pessoas negras no futebol baseava-se na ideia eugenista de que o esporte exigia inteligência e disciplina, atributos negados aos negros pela "ciência" racista da época

Pó de Arroz

Carlos Alberto

Clubes aristocráticos como Fluminense, Botafogo e Flamengo não aceitavam sócios ou atletas negros em seus quadros principais.

Casos famosos, como o de Carlos Alberto, jogador do Fluminense que passava pó de arroz no rosto para disfarçar a cor da pele, ilustram a pressão social para o embranquecimento.

Leis e estatutos de proibição de negros 

Não existia sempre uma lei escrita dizendo "proibido negros", mas os estatutos usavam termos subjetivos para garantir essa exclusão na prática. 

As comissões de sindicância avaliavam a "aparência" e a "família" dos candidatos, vetando qualquer um que não se encaixasse no padrão europeu desejado

O futebol era visto como uma vitrine de modernidade e civilidade, e na visão distorcida da elite da Primeira República, a negritude representava o atraso

Foi contra essa estrutura rígida que o Vasco Antirracista se levantou.

Porque operários e pessoas pobres não podiam jogar futebol?

FotoObservatório da discriminação racial no futebol.

A exclusão de operários e pessoas pobres era sustentada pela rigorosa "Lei do Amadorismo", que proibia qualquer remuneração ou compensação financeira aos atletas. 

Lei do Amadorismo 

A lógica era cruel: só poderia jogar futebol profissionalmente pelos clubes quem tivesse dinheiro para não trabalhar, ou seja, os herdeiros e estudantes ricos

Um operário que trabalhasse 12 horas por dia em uma fábrica não tinha tempo para treinar às tardes, tampouco dinheiro para comprar as chuteiras importadas e os uniformes exigidos pelos clubes.

Regras de Idoneidade 

Os clubes da elite, geridos pela alta sociedade, impunham regras de "idoneidade" que excluíam automaticamente quem exercesse profissões braçais. 

O futebol exigia dedicação integral que a classe trabalhadora não podia oferecer sem auxílio de custo, algo considerado crime esportivo na época. 

Essa barreira econômica era tão eficaz quanto a racial, mantendo o esporte isolado em uma bolha de privilégio até a ascensão dos Camisas Negras do Clube de Regatas Vasco da Gama.

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Camisas Negras: Os heróis operários de 1923

Foto: Club de Regatas Vasco da Gama

Os Camisas Negras formaram o lendário esquadrão campeão de 1923 constituído por 11 jogadores negros e mulatos, considerados “indesejáveis” pelos demais clubes cariocas.  

Os camisas negras foram responsáveis por quebrar a hegemonia de vitórias de América, Fluminense, Botafogo e Flamengo, clubes dos quais só jogavam jogadores brancos e abastados. 

O time era a antítese do futebol "social" praticado pela elite: eles eram competitivos, atléticos e jogavam com uma vontade que assustava os adversários. A base desse time era formada por craques que entraram para a história, como o goleiro Nelson, o zagueiro leitão e os atacantes Bolão e Russinho.

Foto: Club de Regatas Vasco da Gama

Trajados com o clássico uniforme preto, de gola branca, e com uma cruz vermelha, semelhante à da Ordem de Cristo, no lado esquerdo do peito, Nélson, Leitão e Mingote; Nicolino, Claudionor e Artur; Paschoal, Torterolli, Arlindo, Cecy dominaram o futebol carioca.

Os camisas negras representavam a realidade do povo brasileiro, longe dos privilégios dos estudantes universitários da Zona Sul. 

A trajetória vitoriosa dos Camisas Negras e a defesa institucional que receberam moldaram a identidade do torcedor vascaíno. 

Liga das Elites 

Fla x Flu do returno nas Laranjeiras em 1920: empatado em 2 x 2. Foto: Fluminense Football Club.

Para manter a ordem e a segregação, as ligas funcionavam como cartéis que protegiam os interesses dos "clubes grandes" da Zona Sul

A criação sucessiva de entidades como a LMF, LMSA e LMDT não visava apenas organizar campeonatos, mas criar filtros políticos para decidir quem podia competir. 

Club de Regatas Vasco da Gama X Fluminense Football Club. Foto: Acervo Flu Memória

Sempre que um time de menor expressão ou de origem suburbana ameaçava crescer, as regras mudavam ou novas ligas eram fundadas para isolar a "ameaça".

A constante mudança nos regulamentos visava preservar a hegemonia dos times de elite, criando dificuldades burocráticas para a filiação de clubes de fábrica ou de colônias de imigrantes. 

Rio Foot-ball Club - 1902

Escudo e uniforme do Rio Football Club

O Rio Foot-ball Club, fundado em julho de 1902, foi a primeira agremiação do Rio de Janeiro dedicada exclusivamente ao futebol, servindo de modelo para as que viriam.

O Rio Foot-ball Club definiu a etiqueta e o perfil do jogador de futebol ideal para a época. Seus membros ajudaram a fundar o Fluminense Football Club logo em seguida, transferindo para lá essa cultura de exclusividade.

A existência dessa agremiação reforça que, na gênese do futebol carioca, não havia espaço para o povo, apenas para os bem-nascidos.

Liga Metropolitana de Football (LMF) - 1905

Logo da LMF (1905).

A Liga Metropolitana de Football (LMF) foi fundada em 1905 para organizar o primeiro Campeonato Carioca, reunindo clubes como Fluminense, Botafogo, Bangu, Football and Athletic e Paysandu

Foi a primeira tentativa oficial de regulamentar o esporte, criando um calendário e regras unificadas para as partidas na capital. A presidência da liga era rotativa entre os cartolas mais influentes, garantindo que as decisões sempre favorecessem os clubes fundadores.

Essa liga estabeleceu as bases da segregação ao exigir campos gramados e sedes que demandavam alto investimento, algo inviável para times de várzea

Liga Metropolitana de Sports Athleticos (LMSA) - 1907

Logo LMSA (1907)

A Liga Metropolitana de Sports Athleticos (LMSA) surgiu em 1907 após uma briga política pelo controle do futebol e das rendas dos jogos, gerando uma cisão temporária no esporte.

 A nova entidade foi liderada por Botafogo e Fluminense, que buscavam centralizar ainda mais o poder e excluir clubes menores que não atraíam público pagante de elite. As regras de inscrição de atletas tornaram-se mais rígidas, exigindo fichas detalhadas e aprovação de conselhos deliberativos.

O foco dessas entidades era manter o futebol como um "esporte amador" praticado apenas por pessoas de "boa sociedade", evitando a profissionalização

A LMSA foi fundamental para consolidar a ideia de que o futebol não era para todos, mas para quem pudesse pagar. 

Essa mentalidade perdurou por anos, criando o ambiente de tensão social que culminaria na necessidade da Resposta Histórica anos mais tarde.

Estatuto da LMSA - 1913

Um marco da segregação foi a aprovação do estatuto da LMSA em 1913, documento que continha as cláusulas mais explícitas de exclusão social da história do futebol brasileiro

O regulamento proibia a inscrição de "pessoas que tirem os seus meios de subsistência de qualquer profissão braçal" ou subalterna. 

Estavam vetados operários, garçons, motoristas, soldados rasos e qualquer trabalhador manual, categorias que formavam a base da população negra.

O objetivo dissimulado era impedir o acesso de jogadores de origem humilde, “limpando os gramados” da presença de mulatos e negros que geralmente ocupavam essas funções

A exigência de ser analfabeto funcional também era uma barreira, já que a educação formal era privilégio de poucos. Esse estatuto foi a arma legal usada por anos para impedir que o talento dos morros e subúrbios chegasse à primeira divisão.

Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT) - 1917

Logo LMDT (1917).

Em 1917, a reorganização do futebol carioca deu origem à Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT), entidade que sucedeu a LMSA após escândalos de suborno e brigas internas. 

Foi nesta liga que o Club de Regatas Vasco da Gama iniciou sua trajetória no futebol, disputando a segunda divisão e lutando contra arbitragens tendenciosas. A LMDT, embora mais abrangente em número de clubes, mantinha o núcleo de poder nas mãos dos grandes da Zona Sul.

Vasco vence a série B da LMDT

Time do Vasco da Gama ganhador da série B da LMDT. Foto: acervo Vasco da Gama.

Foi vencendo a série B da LMDT em 1922 que o Vasco ganhou o direito de disputar a elite em 1923.

Foto: Club de Regatas Vasco da Gama.

A vitória dos Camisas Negras nessa liga foi o que motivou a elite a romper com a LMDT e fundar a AMEA, levando ao episódio da Resposta Histórica.

Associação Metropolitana de Esportes Athleticos (AMEA) - 1924

Logo da AMEA (1924)

A fundação da Associação Metropolitana de Esportes Athleticos (AMEA), em fevereiro de 1924, foi a manobra política definitiva da elite carioca para tentar frear a revolução causada pelo Vasco da Gama

Liderada por Fluminense, Botafogo, Flamengo, America e Bangu, essa nova liga surgiu sob o pretexto de reorganizar o futebol do Rio de Janeiro e "moralizar" o esporte

A realidade, porém, era que os grandes clubes não suportavam a ideia de continuar perdendo para um time de negros e operários na antiga LMDT. 

A AMEA nasceu como um clube exclusivo, desenhado para proteger a hegemonia dos times da Zona Sul e afastar as classes populares que ganhavam espaço nos gramados.

A Comissão de Sindicância: a ferramenta da exclusão

Exigências para a filiação na AMEA. Foto: Club de Regatas Vasco da Gama.

Para garantir que apenas atletas "adequados" participassem da nova liga, a AMEA instituiu a famigerada Comissão de Sindicância

Esse órgão tinha poderes de polícia para investigar a vida privada dos jogadores, visitando seus locais de trabalho e suas casas para verificar se eles realmente eram amadores ou se recebiam para jogar. 

O foco dessas investigações era desproporcionalmente voltado para os atletas pobres e negros, buscando qualquer pretexto — como o analfabetismo ou a profissão braçal — para negar o registro de jogo. 

A comissão servia como um tribunal de exceção, usando a burocracia para limpar etnicamente e socialmente os times, sem precisar declarar abertamente o racismo.

O convite com condições ao Vasco da Gama

Ofício da AMEA: a filiação vascaína sob "condição" (03/04/1924). Acervo: Centro de Memória CRVG

A AMEA convidou o Club de Regatas Vasco da Gama para fazer parte da nova liga, reconhecendo a força esportiva do atual campeão, mas impôs uma condição inaceitável

O convite vinha atrelado à exigência de que o clube excluísse 12 de seus jogadores, alegando que eles não possuíam "condições morais" para a prática do esporte, conforme apontado pela Comissão de Sindicância. 

A lista incluía os principais nomes dos Camisas Negras, a alma do time campeão de 1923

A intenção era clara: aceitar o Vasco como instituição, pelo dinheiro de sua torcida, mas rejeitar seus atletas, desmantelando o símbolo de inclusão que o time representava. Foi essa chantagem que motivou a Resposta Histórica.

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O que foi a Resposta Histórica? 

Carta oficial da Resposta Histórica. Acervo: Centro de Memória CRVG

A Resposta Histórica é o ofício nº 261, enviado em 7 de abril de 1924 pelo Club de Regatas Vasco da Gama à recém-criada Associação Metropolitana de Esportes Athleticos (AMEA). 

Esse documento marcou a recusa do clube em se filiar à nova liga organizada pelas elites, que impunha como condição a exclusão de 12 jogadores do elenco vascaíno.

 A AMEA foi fundada pelos clubes da Zona Sul (Fluminense, Flamengo, Botafogo e America) especificamente para esvaziar a antiga Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT), onde o Vasco havia sido campeão com um time popular.

O documento é considerado a certidão de nascimento do Vasco Antirracista e um dos manifestos sociais mais importantes do Brasil no século XX

Ao abrir mão de disputar o campeonato principal contra os grandes times para jogar uma liga esvaziada (a LMDT), o Vasco escolheu o lado de seus atletas

O clube preferiu a honra e a fidelidade aos seus jogadores operários, negros e analfabetos — como eram rotulados pejorativamente — do que a submissão aos caprichos racistas da aristocracia carioca.

Carta completa da Resposta Histórica 

Este foi o texto completo da carta escrita por Dr. José Augusto Prestes para a AMEA no dia 7 de abril de 1924:

"Rio de Janeiro, 7 de Abril de 1924.

Officio No 261

Exmo. Snr. Dr. Arnaldo Guinle,

M. D. Presidente da Associação Metropolitana de Esportes Athleticos.

As resoluções divulgadas hoje pela Imprensa, tomadas em reunião de hontem pelos altos poderes da Associação a que V. Exa. tão dignamente preside, collocam o Club de Regatas Vasco da Gama numa tal situação de inferioridade, que absolutamente não pode ser justificada, nem pelas defficiencias do nosso campo, nem pela simplicidade da nossa séde, nem pela condição modesta de grande numero dos nossos associados.

Os previlegios concedidos aos cinco clubs fundadores da A.M.E.A., e a forma porque será exercido o direito de discussão a voto, e feitas as futuras classificações, obrigam-nos a lavrar o nosso protesto contra as citadas resoluções.

Quanto á condição de eliminarmos doze dos nossos jogadores das nossas equipes, resolveu por unanimidade a Directoria do C.R. Vasco da Gama não a dever acceitar, por não se conformar com o processo porque foi feita a investigação das posições sociaes desses nossos consocios, investigação levada a um tribunal onde não tiveram nem representação nem defesa.

Estamos certos que V. Exa. será o primeiro a reconhecer que seria um acto pouco digno da nossa parte, sacrificar ao desejo de fazer parte da A.M.E.A., alguns dos que luctaram para que tivessemos entre outras victorias, a do Campeonato de Foot-Ball da Cidade do Rio de Janeiro de 1923.

São esses doze jogadores, jovens, quasi todos brasileiros, no começo de sua carreira, e o acto publico que os pode macular, nunca será praticado com a solidariedade dos que dirigem a casa que os acolheu, nem sob o pavilhão que elles com tanta galhardia cobriram de glorias.

Nestes termos, sentimos ter que comunicar a V. Exa. que desistimos de fazer parte da A.M.E.A.

Queira V. Exa. acceitar os protestos da maior consideração estima de quem tem a honra de subscrever

De V. Exa. Atto Vnr., Obrigado.

(a) José Augusto Prestes

Presidente"

Quem assinou a Resposta Histórica?

Dr. José Augusto Prestes.

A carta foi redigida e assinada pelo então presidente do Club de Regatas Vasco da Gama, o Dr. José Augusto Prestes

No entanto, a decisão não foi isolada, refletindo o consenso de uma diretoria composta por comerciantes portugueses e brasileiros que entendiam a importância da integração. 

O texto do ofício é famoso por sua polidez firme, onde Prestes declara que o clube desistiria de fazer parte da AMEA para não cometer um "ato público que pode macular a tradição do nosso clube".

A atitude de José Augusto Prestes foi de uma liderança ética ímpar, colocando os valores humanos acima dos interesses políticos.

Ele afirmou que o Vasco não se prestaria ao papel de sacrificar jogadores que deram o sangue pela camisa apenas para agradar aos rivais. 

Essa assinatura garantiu que o Vasco disputasse e vencesse o campeonato da LMDT em 1924, forçando a AMEA a aceitar o clube — com todos os seus jogadores — de volta em 1925, devido à queda de arrecadação sem a torcida vascaína.

Vasco Antirracista 

O legado da Resposta Histórica cravou no DNA do Club de Regatas Vasco da Gama a identidade de Vasco Antirracista.

 O clube não é apenas um time de futebol, mas uma instituição que desde 1924 carrega a bandeira da inclusão e da luta contra a discriminação em todas as suas formas. 

Essa história única é motivo de profundo orgulho para o Gigante da Colina e seus torcedores, que se veem representados não só pelas vitórias em campo, mas também pela vitória moral fora dele. 

O Vasco da Gama continua, com diversas ações sociais e campanhas, honrando esse legado, tornando-se um farol para o esporte e para a sociedade brasileira. Se você se interessa por histórias de luta e resistência, confira também a história do Movimento Negro no Brasil.

Coleção Oficial Club de Regatas Vasco da Gama + Chico Rei 

Eu carrego a cruz-de-malta no peito desde que nasci — e não vou parar.

Agora, esse amor virou estampa: carregar a cruz-de-malta não é só força de expressão, é identidade.

Novas camisetas chegaram para aumentar a coleção. 

Perfeitas pra vestir da arquibancada ao sofá. Em dia de jogo ou em qualquer momento de celebrar o orgulho de ser Vasco.

Não importa a geração, todo vascaíno reconhece que o manto sagrado une famílias, amigos e histórias.

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Perguntas frequentes

Qual foi o primeiro time do Brasil a aceitar negros?

O Club de Regatas Vasco da Gama é amplamente reconhecido como o primeiro grande clube do Brasil a promover ativamente a inclusão de jogadores negros e de origem humilde em seu time principal, culminando na Resposta Histórica de 1924. Embora outros clubes pudessem ter tido um ou outro jogador negro isoladamente, o Vasco foi o pioneiro a formar um time majoritariamente popular e a defendê-lo publicamente, rompendo com a estrutura segregacionista das ligas.

O que o Vasco fez contra o racismo?

O ato mais emblemático do Vasco da Gama contra o racismo e a segregação social foi a Resposta Histórica de 1924. Ao se recusar a excluir seus jogadores negros e operários, o clube se posicionou firmemente contra as imposições elitistas da LMDT. Além disso, o Vasco Antirracista continua essa luta com diversas campanhas e ações de conscientização, usando sua história como ferramenta de combate à discriminação. O clube transformou a sua história em um manifesto contínuo de igualdade.

Vasco aceitou negros?

Sim, o Vasco da Gama não apenas aceitou, mas defendeu e integrou ativamente jogadores negros e de origem humilde em seu elenco, desde o início da década de 1920, culminando no famoso time dos Camisas Negras. Essa postura inclusiva do Club de Regatas Vasco da Gama é a base da Resposta Histórica, que o eternizou como um clube pioneiro na luta pela igualdade social e racial no futebol brasileiro.

O que é a Resposta Histórica?

A Resposta Histórica é o documento de 7 de abril de 1924, no qual o Vasco da Gama rejeitou a exigência da Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT) de excluir seus jogadores negros e pobres. O documento afirma o inegociável compromisso do clube com a inclusão e o mérito esportivo, recusando-se a sacrificar seus atletas em troca de uma vaga na primeira divisão. Esse ato é considerado um dos maiores exemplos de ética e antirracismo na história do esporte.

O que foi a Resposta Histórica do Vasco?

A Resposta Histórica do Vasco foi a decisão corajosa e moralmente superior de não ceder à pressão racista e elitista das ligas de futebol carioca. Ao defender seus atletas, a maioria composta pelos Camisas Negras, o Vasco da Gama abriu as portas do futebol brasileiro para a diversidade, mudando para sempre a trajetória do esporte no país. O ato do Gigante da Colina forçou a sociedade a confrontar suas próprias estruturas de segregação.

O que motivou a Resposta Histórica?

A motivação central foi a conquista avassaladora do Campeonato Carioca de 1923 pelos Camisas Negras

Campanha dos Camisas Negras na Série B 

O time cruzmaltino, vindo da segunda divisão, desbancou a hegemonia dos clubes ricos com uma campanha irretocável, somando 11 vitórias, 1 empate e apenas 2 derrotas

Esse sucesso esportivo de homens negros e pobres causou pânico na elite, que via seus espaços de convívio social sendo "invadidos" por pessoas que eles consideravam inferiores.

Para barrar o Gigante da Colina, os clubes fundadores da AMEA criaram uma "Comissão de Sindicância". 

O objetivo dessa comissão era investigar a vida pessoal e profissional dos jogadores, alegando que eles não cumpriam os requisitos do "amadorismo", pois precisavam trabalhar em fábricas e comércios para viver. 

A exigência final foi a exclusão de 12 atletas fundamentais da equipe, sob a alegação de que não possuíam "condições morais" para o esporte, mascarando o preconceito racial e de classe.




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