Cultura pop: a influência da Pop Art no mundo da moda
A cultura pop e suas revoluções e influências para a arte e para o mundo da moda
Muitas são as influências e revoluções que os movimentos artísticos e culturais proporcionaram à sociedade. O debate sobre causas importantes, protestos, manifestações de autoexpressão e muitas outras coisas são apenas a superfície de tudo. É um dos aspectos intrínsecos à vivência humana, tanto em questões sociais, quanto para a criação de identidades que permitem as pessoas mostrar (ou esconder) suas vivências, desejos e personalidades únicas.
Uma das grandes contribuintes para tudo isso foi a cultura popular. O que é a cultura pop? Bem, ela é cheia de facetas e tão única quanto suas antecessoras e predecessoras, ela nos trouxe um novo olhar sobre diferentes questões da vida, ainda mais quando falamos sobre a moda.
A moda é o que move – ou pelo menos ajuda a mover – as direções que as novas e as antigas criações tomam. Ela cria tendências tão rápido quanto as desfaz, mas isso não quer dizer que elas, por si só, não podem se tornar atemporais, mesmo que não tão usadas.
Sendo assim, resta a pergunta: o que é cultura pop? Ela, de uma forma bem resumida, é um mix de comportamentos, crenças, vivências e outras ações pertinentes às pessoas, originadas e moldadas por todas as áreas dos saberes. Não é apenas uma classificação, mas um estilo de viver oriundo da Pop Art.
Pop Art e cultura pop: saiba como surgiram e se entrelaçaram
Não há um documento específico que diz exatamente de onde a cultura popular surgiu, porque ela é a mistura de muitas coisas. Alguns dizem que veio do folclore e suas manifestações, outras, afirmam que surgiu e continua sendo alimentada pela mídia e pelas indústrias que lançam diversos produtos e tendências que são consumidos como água. Dentre essas, podemos citar a música, as produções cinematográficas, os jogos, a televisão e a moda.
O principal boom que podemos citar foi o Pop Art, movimento que surgiu nos anos 50 na Europa, mais especificamente no Reino Unido. De lá, marchando para os Estados Unidos, 10 anos depois teve o seu destaque na sociedade. Quem deu o nome famoso foi Laurence Alloway, um crítico britânico da época. A obra em destaque foi de Richard Hamilton, colagem intitulada "O que Exatamente Torna os Lares de Hoje Tão Diferentes, Tão Atraentes?", do ano de 1956.
Seu objetivo da época, que perpassou durante todo esse tempo, era colocar em exposição a massificação que o capitalismo e sua cultura promulgavam. A estética do movimento é muito chamativa, com cores fortes, uso de tinta, gesso, látex e outros produtos comuns ao dia a dia, assim como a inserção de marcas e referências dessas entre as obras.
Isso não quer dizer que o público que utilizou e utiliza dos itens da cultura pop possuem sempre previsibilidade no que diz respeito às suas compras, ou seja, não quer dizer que tudo que foi ou será vendido será um sucesso. É preciso entender as variações do mercado e se adaptar aos lançamentos que a mídia proporciona.
Mas mais que isso, é luta, desejo de sobrevivência, manifestações e muitas outras pautas importantes que as tornam tão "consumidas" pelo público. Como já foi deixado explícito, é uma cultura de massa, sim, mas daquele tipo que possui conscientização sobre o local de fala e sobre o mundo que a cerca.
Cultura popular e moda: de mãos dadas à transformação
Nesse meio tempo de transformações e surgimento de novas ideias, destacando diversas lutas, uma estética diferente, surgiram as principais figuras para a cultura popular e a moda, afinal a linguagem das roupas é muito clara, independente da época.
O primeiro estilista que se destacou na moda pop para lançar suas novas coleções foi Yves Saint Laurent, lançando o vestido Mondrian, que consistia em formas retangulares e quadradas coloridas, de corte reto, que foi lançamento da coleção Outono/Inverno do ano de 1966.
E claro que não podemos deixar de citar Andy Warhol, um ícone da arte pop que se tornou uma lenda mundial. Ele era pintor e cineasta, criando muitas obras que, ainda hoje, são reconhecidas por todo o mundo. Dentre elas estão as “Latas de Sopa Campbell", "Triple Elvis", "Marilyn Monroe" e muitas outras que inspiraram outros artistas. Ele deu início na moda ao imprimir os desenhos que fazia em vestidos de papel.
utro artista que podemos citar é Roy Lichtenstein, um grande pintor norte-americano que criou um estilo próprio de quadrinhos e textos entremeados. Ele usava cores fortes e marcantes, como o amarelo, vermelho e muito azul em todas as suas obras, sendo as mais famosas “Look Mickey”, “Crying Girl”, “Oh Jeff...” e mutas outras.
Na moda da cultura popular, todos esses artistas influenciaram, por isso temos peças coloridas e com formas geométricas com quadrinhos, explosões, rostos expressivos de pin-ups, além, – é claro – das reproduções das artes famosas nas camisetas, vestidos e outras peças.
No fim, cada pessoa cria seu próprio estilo pop, mas sempre trazendo à tona as grandes revoluções de assimetria, cores e estampas, assim como a expressão de assuntos que permeiam a sociedade. É um visual chamativo, jovem e muito exclusivo.
Conseguiu enxergar um pouco mais da complexidade desse movimento tão rico e todas as suas transformações na sociedade? Por aqui, sempre procuramos conteúdos pertinentes à moda, à expressão pessoal e peculiaridades. Por isso, para saber mais, não deixe de acompanhar nossas publicações!