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Musicaholics


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Musicaholics

Algumas pessoas nascem com o poder de transformar qualquer projeto em sucesso…

Inquietos por natureza, estes três monstros da música colocam a essência de suas almas em cada nota de suas canções e quando estão no palco são capazes de engolir multidões com performances avassaladoras. E ainda assim possuem uma necessidade de fazer diferente sempre. A expressão “zona de conforto” simplesmente não existe para estes caras. Eles não sabem a diferença entre trabalho e lazer, portanto estão sempre criando, compondo, tocando, produzindo e se aventurando inclusive além da música. Eles são musicaholics.

Dave F*ckn’ Grohl

Quer saber a sensação de estar em uma banda de rock lendária DUAS VEZES? Pergunta pra esse cara!

Dave Grohl

Até porque não foram só Nirvana e Foo Fighters que ganharam o toque de midas deste gênio. Queens of The Stone Age, Them Crooked Vultures, Juliette And the Licks, Tony Iommi, David Bowie, Garbage, Nine Inch Nails, Prodigy, Cat Power e mais trocentos outros… O que poderia facilmente ser o line-up de um mega festival é na verdade apenas um pedaço do currículo de Dave Grohl, músico dos mais ocupados do planeta que é especialista em fazer com que tudo que toque vire ouro.

Para ele, o elemento humano da música é o mais importante. Então esqueça os perfeccionismos. O Rock n’ Roll é sujo e deve ser natural. Por isso ultimamente Dave opta por gravar os discos do Foo Fighters do modo como eles soariam ao vivo.

Depois de ganhar o mundo com Nevermind (clássico absoluto do rock para todo o sempre, amém), ao lado de Kurt Cobain e Krist Novoselic, o Nirvana carrega o mérito de ter influenciado o comportamento de toda uma geração mudando o modo como as pessoas consumiam música. Eles mostraram quem é que dava as cartas no jogo da indústria fonográfica (obrigando o mainstream a mudar de direção) e desafiaram os limites do pop com sonoridades bastante dissonantes e perturbadoras.

E este experimentalismo foi muito além do que podemos imaginar. Reza a lenda que, durante a gravação do álbum In Utero, para conseguir captar todos os ruídos do ambiente e deixar o som natural, Dave Grohl mandou colocar 3 vezes o número de microfones necessários para uma gravação decente. O resultado foi uma pulsação frenética e arrebatadora. Quer um exemplo? Preste atenção na introdução de Scentless Apprentice. Parece que tem um cavalo dando coice no bumbo!

Dave Grohl Nirvana

No Foo Fighters, os projetos não param. Após os sete discos de estúdio, dois registros ao vivo e dois documentários cinematográficos, Dave Grohl anunciou o oitavo álbum que já nasce clásico e possui uma história inusitada. O disco foi gravado em oito estúdios de oito estados diferentes pelos Estados Unidos. Esta saga dará origem à série/documentário/reality Sonic Highways, produzida pela HBO. O projeto mostra a gravação de cada faixa nos lendários estúdios e explora o patrimônio cultural de Chicago, Austin, Nashville, Los Angeles, Seattle, New Orleans, Washington DC e Nova York. Em suas próprias palavras, trata-se de “uma carta de amor cinematográfica à história da música americana”. Vem coisa boa por aí.

**Vovô Macca**

Ele é um mito. Um Fenômeno. Um dos astros mais estudados da indústria do entretenimento. Mais do que uma estrela do rock, mais do que uma celebridade, Paul McCartney é um símbolo cultural. Ele ajudou a transformar a música popular, criando hinos de toda uma geração tornando a vida dos fãs da boa música bem mais agradável e significativa.

Com 72 anos de idade e toda atenção do mundo voltada para cada respiração sua, ele poderia simplesmente aproveitar a “terceira idade” e colher os frutos do império que construiu durante todos esses anos. Afinal de contas, Paul não tem que provar mais nada pra ninguém e tampouco precisa de dinheiro, mas mesmo assim se mantém produtivo, jovem e relevante artisticamente. Em outras palavras, a conduta deste semideus da música pop deixa claro que ele faz música por uma necessidade da alma, guiado pelo mais puro prazer de inovar, gravar e fazer shows.

Paul McCartney

Vegetariano por opção, Paul já passou por muitas coisas em sua carreira artística e sobreviveu até ao mito da própria morte. Sim. Provavelmente você já sabe desta história (então pule para o próximo parágrafo), mas se não conhece… Existem centenas de especulações sobre a “morte” do cantor, que supostamente teria sofrido um acidente de carro pouco antes do lançamento de Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band. A turma da teoria da conspiração acredita que, no acidente, o “verdadeiro” Paul teria morrido, obrigando os outros integrantes a buscar um sósia. O boato tomou proporções enormes, e indícios da morte do astro eram apontados em supostas mensagens subliminares nas canções e em capas de discos. Aproveitando o burburinho, os Beatles pararam de se apresentar nesta época exata. Mas o real motivo foi a falta de infra-estrutura para tocarem seus sons arranjados ao vivo e a falta de privacidade que a fama trazia.

Sim, meus amigos. O mundo pop é repleto de conspirações sobre mensagens subliminares e por isso mesmo, muitas vezes o sucesso de um determinado trabalho gera análises que fogem ao controle de quem criou. Intencional ou não, fato é que a arte se completa no público e é nele que ela se viraliza! Seja nos Beatles, Wings ou na carreira solo, McCartney atingiu o recorde de 29 composições ganhando o primeiro lugar das paradas de sucesso mundiais. E pra quem acha que ele já tenha feito tudo na vida está enganado. Macca ainda possui um bocado de cartas na manga.

**Thank God for Jack White**

Esquisito, barulhento e passional. Esta figuraça possui a euforia de um adolescente e a sensibilidade de um blueseiro old school. Obcecado por equipamentos vintage, solos de guitarra e minimalismo, Jack White é certamente um dos artistas mais interessantes do rock contemporâneo.

Jack White

Seja na saudosa dupla The White Stripes (ao lado de Meg), ou nos Raconteurs (junto com o brilhantismo de Brendan Benson), também no excêntrico The Dead Weather (tocando bateria) ou mais recentemente na carreira solo (acompanhado de uma big band), fica mais do que claro que o “fator White” é um diferencial capaz de misturar com maestria estilos como punk, blues, country, indie rock e MUITO (caps nacessário) mas muito experimentalismo.

O músico, produtor, compositor, cantor AND ator vem colecionando uma lista de bizarrices e recordes. Por exemplo, a versão ultra do vinil **Lazaretto** (álbum mais vendido dos últimos 20 anos) traz uma novidade: o disco toca de dentro para fora. Simplesmente isso! É preciso colocar a agulha no final do disco para ouvir as canções. E tem mais: o vinil vem com o sistema locked groove, que permite que o álbum fique tocando sem parar. Fica claro que o objetivo é proporcionar uma experiência além da música. Outra proeza acontece no documentário **It Might Get Loud** (contracenando com The Edge, do **U2**, e Jimmy Page do **Led Zeppelin**), o músico cria uma nova versão de guitarra slide, usando uma garrafa vazia de refrigerante, madeira, pregos, cordas e um amplificador.

A verdade é que Jack White surpreende em cada movimento. E parece que este talento latente é impossível de ser condensado em um só projeto. Destaque para a escolha dos cenários e figurinos ao mesmo tempo exóticos e elegantes. Jack respira e transpira musica. Aumente o volume e tente não dançar!


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