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Quem foi Tarsila do Amaral e quais são as suas obras? FAQ

Conheça tudo sobre a história e obras de uma das artistas mais importantes da arte brasileira. Saiba tudo sobre Tarsila do Amaral!


• 18 mins de leitura
Quem foi Tarsila do Amaral e quais são as suas obras? FAQ

Quem foi Tarsila do Amaral?

Tarsila de Aguiar do Amaral nasceu dia 1º de setembro de 1886, em São Paulo, e faleceu aos 86 anos, ela foi uma das maiores representantes do movimento modernista — pintora, escultora, cronista, tradutora e desenhista, Tarsila era repleta de talentos e de uma visão inovadora. Tarsila é uma das maiores artistas brasileiras, símbolo do modernismo e referência mundial. 

Blog - Tarsila do Amaral: a Carreira e o Legado de uma das Maiores Artistas  do Brasil

Ela valorizou a cultura popular, a paisagem nacional e, ao mesmo tempo, dialogou com as vanguardas europeias. As fases Pau-Brasil, Antropofágica e Social revelaram diferentes olhares, indo do exotismo tropical ao retrato da desigualdade urbana.

Aos 16 anos pintou seu primeiro quadro: Sagrado Coração de Jesus. Ao longo da carreira, algumas características prevalecem nas obras de Tarsila do Amaral: uso de cores vivas; influência do cubismo; abordagem de temas sociais, cotidianos e paisagens brasileiras; estética fora do padrão — influência do surrealismo na fase antropofágica. 

A trajetória mostra uma mulher à frente do tempo, que construiu identidade própria sem abrir mão da experimentação. Até hoje, é lembrada como quem deu cor e forma ao Brasil moderno.

Que dia é o aniversário da Tarsila do Amaral?

Hoje, dia 1º de setembro, é aniversário de Tarsila do Amaral!

Em 1886, em Capivari, interior de São Paulo, nascia uma menina que mudaria para sempre a história da arte brasileira. Tarsila do Amaral cresceu entre paisagens rurais, cores intensas e tradições populares, que mais tarde se transformaram em símbolos vivos dentro de suas telas.

Tarsila do Amaral - Familia Muda

Celebrar seu aniversário não é apenas lembrar de uma pintora genial, mas reconhecer uma mulher que ousou criar novas linguagens e afirmar a identidade brasileira no cenário internacional. Tarsila vive em cada cor vibrante, em cada traço livre e em cada olhar que descobre o Brasil através da arte.

Parabéns para a artista que soube representar o Brasil na história da arte, não poderia haver uma homenagem melhor do que trazer a sua obra para as ruas com peças que retratam a realidade brasileira. 

No aniversário de Tarsila do Amaral, a Chico Rei decidiu celebrar essa data de uma forma ainda mais especial: lançamos uma coleção surpresa. 

Um lançamento pensado para celebrar e vestir toda brasilidade e cor que só o Brasil de Tarsila tem. 

Onde nasceu Tarsila do Amaral?

Tarsila do Amaral nasceu em Capivari, interior de São Paulo. Filha de uma família de fazendeiros, cresceu cercada por paisagens rurais que marcaram sua memória. 

Esse ambiente do interior, com árvores, colinas e a simplicidade da vida caipira, mais tarde inspirou a construção de um imaginário profundamente brasileiro em suas obras. 

Quando Tarsila do Amaral nasceu?

A artista Tarsila do Amaral veio ao mundo em 1º de setembro de 1886, no interior de São Paulo.

Quando Tarsila do Amaral morreu?

Tarsila do Amaral faleceu em 17 de janeiro de 1973, em São Paulo, aos 86 anos. 

Nos últimos anos de vida, passou por dificuldades financeiras, apesar de já ser reconhecida como uma artista fundamental. Sua morte encerrou uma longa trajetória, mas abriu caminho para que sua obra fosse redescoberta pelas novas gerações. Desde então, exposições retrospectivas e leilões internacionais consolidaram sua importância no cenário global. Hoje, a data é lembrada como marco de homenagem à sua herança cultural para todo o Brasil. 

Onde a Tarsila do Amaral estudou?

Tarsila do Amaral iniciou os estudos no Colégio Sion, em São Paulo, e depois seguiu para Barcelona, para o Colégio Sacré-Coeur de Jésus, onde ela realizou suas primeiras experimentações com a pintura, produzindo seu primeiro quadro, "Sagrado Coração de Jesus”.

Ao retornar ao Brasil, buscou formação artística com Pedro Alexandrino. Em seguida, partiu para Paris, na França, e mergulhou no universo das vanguardas europeias, tendo aulas com Émile Renard, André Lhote, Albert Gleizes e Fernand Léger

Qual foi a primeira obra de Tarsila do Amaral?

A primeira pintura registrada foi “Sagrado Coração de Jesus”, de 1904, feita em Barcelona durante seus estudos. 

Tarsila gostava de realizar autorretratos?

Tarsila do Amaral realizou autorretratos ao longo de sua carreira, mas não de forma constante como alguns outros artistas. Ela via o autorretrato mais como uma ferramenta de experimentação e expressão, explorando cores, formas e estilos, do que como tema principal.

Um exemplo é o “Autorretrato” de 1923, em que já aparecem características de sua fase Pau-Brasil, com cores vibrantes e traços simplificados. 

Nesses trabalhos, Tarsila explorava sua própria imagem de maneira simbólica, quase metafórica, às vezes ampliando partes do corpo ou usando o corpo como elemento de composição, de forma similar ao que fez depois em obras como Abaporu.

O autorretrato de Tarsila é daqueles olhares que atravessam décadas e ainda parecem conversar direto com a gente. 

Na camiseta, essa imagem vira mais que estampa — é um lembrete de que Tarsila não só pintou o Brasil, ela se pintou dentro dessa realidade.

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Quais foram as fases de Tarsila do Amaral?

As fases de Tarsila do Amaral s críticos costumam ser divididas em quatro momentos principais. A fase Pau-Brasil (1924–1926) buscou criar uma arte tipicamente nacional, colorida e lírica. A fase Antropofágica (1928–1929) surgiu a partir de “Abaporu”, com formas mais radicais e simbólicas. A fase Social (a partir de 1933) retratou desigualdades urbanas, como no quadro “Operários”. Além disso, há registros de um “Neo Pau-Brasil”, quando retomou o estilo inicial em obras tardias, a partir de 1950.

Qual foi a relação de Tarsila do Amaral com outros modernistas?

Tarsila manteve laços intensos com figuras como Oswald de Andrade, com quem se casou, e Mário de Andrade, que se tornou grande amigo. Ao lado de Anita Malfatti e Menotti Del Picchia, formaram o Grupo do Cinco, núcleo modernista em São Paulo. 

Essas conexões ajudaram a fortalecer sua presença no movimento e a estimular debates artísticos. A convivência era marcada por viagens, trocas intelectuais e até tensões, comuns em grupos criativos. Dessa rede de relações nasceu boa parte da renovação cultural do período no Brasil.

Obras e estilo de Tarsila do Amaral

Qual foi a obra mais famosa de Tarsila do Amaral?

A obra mais famosa de Tarsila é “Abaporu”, pintado em 1928, é considerado seu trabalho mais icônico. 

A tela, que mostra uma figura com pés e mãos enormes e cabeça pequena, abriu caminho para o Movimento Antropofágico. 

Sua imagem virou símbolo do modernismo brasileiro, sendo amplamente reproduzida. Além da fama no Brasil, conquistou reconhecimento internacional e hoje faz parte do acervo do MALBA, em Buenos Aires. O nome da obra (Abaporu), significa “homem que come gente”.

O “Abaporu” nasceu como presente, virou revolução e hoje é praticamente um patrimônio da nossa memória coletiva. 

É a imagem que abriu caminho para o Manifesto Antropofágico, quando os modernistas decidiram mastigar referências de fora e cuspir uma arte que fosse, de fato, brasileira. O corpo desproporcional, com pés plantados na terra e cabeça minúscula sob o sol, nunca foi só sobre estética: é metáfora da força, da resistência e da imaginação que move um povo inteiro.

É roupa, mas é manifesto ambulante. É história brasileira virando estilo urbano, arte de vanguarda traduzida para a rua

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Quais são as obras mais marcantes de Tarsila do Amaral?

A carreira de Tarsila do Amaral deixou um repertório de telas que se tornaram referência. entre elas, destacam-se “Abaporu”, “A Negra”, “Antropofagia”, “Operários”, “Carnaval em Madureira” e “A Lua”. 

Antropofagia | Enciclopédia Itaú Cultural

Cada uma representa fases diferentes de sua trajetória, desde a busca por brasilidade até a denúncia social. Essas obras continuam sendo estudadas em escolas, exibidas em museus e revisitadas em exposições internacionais. Juntas, ajudam a entender como a artista construiu um retrato visual do Brasil do século XX.

O que representa o quadro “Operários”?

O quadro “Operários”, de 1933, de Tarsila do Amaral, mostrou um conjunto de rostos diversos em frente às turbinas de fábrica. A tela simbolizou o crescimento da indústria paulista e a presença de trabalhadores de diferentes origens, como imigrantes e descendentes de escravizados. 

A obra inaugurou a fase social da pintora, na qual retratou desigualdades e tensões políticas. Até hoje, é considerada marco da pintura social brasileira.

“Operários” não é só pintura, é um espelho do Brasil que nasceu nas fábricas e nos rostos diversos de quem ergueu as cidades. Tarsila pegou a dureza da industrialização e transformou em um retrato humano, cheio de expressões, olhares e silêncios que dizem mais do que qualquer livro de história. É quase como se cada rosto fosse uma página de um diário coletivo, onde a força e a resistência se encontram com a busca por identidade.

Na camiseta da Chico Rei, essa obra ganha novo fôlego: vira símbolo portátil da pluralidade que pulsa no país, lembrança de que somos feitos de muitas origens, misturas e caminhos.

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Qual dos quadros de Tarsila deu origem à pintura social brasileira?

A tela “Operários” é lembrada como o ponto de partida da pintura social no Brasil. 

O quadro pintado por Tarsila do Amaral rompeu com a abordagem tropicalista das fases anteriores e trouxe um olhar crítico para a industrialização e seus impactos. 

Ao valorizar o coletivo e a diversidade dos rostos, Tarsila registrou as transformações de São Paulo e expôs as tensões da modernização. A obra abriu caminho para outros artistas explorarem temas políticos e sociais, consolidando uma vertente mais engajada da arte nacional.

Qual é o estilo artístico de Tarsila do Amaral?

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Tarsila do Amaral foi uma das mais importantes pintoras brasileiras do movimento modernista brasileiro.

O estilo modernista de Tarsila do Amaral mesclou influências do cubismo, do surrealismo e de outras vanguardas europeias. 

Seu traço buscou simplificação das formas, figuras monumentais e paisagens tropicais. Ao mesmo tempo, explorou desde a fantasia até a crítica social. Tarsila foi uma artista plural que atravessou várias fases ao longo de suas pinturas, e consagrou algo que ela sempre quis: ser a pintora do Brasil. 

Quantas obras Tarsila pintou ao longo da vida?

Tarsila do Amaral - desbravadora do modernismo | Templo Cultural Delfos

Catálogos e levantamentos indicam que Tarsila do Amaral produziu cerca de 230 pinturas ao longo de sua trajetória. Quando se somam desenhos, estudos e esboços, o número total de trabalhos ultrapassa 2 mil. 

Essa produtividade mostra sua dedicação constante à arte, mesmo nos momentos de maior dificuldade pessoal. Embora muitas obras estejam em museus e coleções privadas, algumas permanecem desaparecidas ou em acervos pouco acessíveis. Cada nova descoberta enriquece a compreensão de sua importância.

Abaporu, Antropofagia e Modernismo

Quem Tarsila do Amaral presenteou com a obra “Abaporu”?

A icônica obra “Abaporu” nasceu como presente de aniversário para Oswald de Andrade, em 1928, quando os dois viviam um relacionamento. 

Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade, figuras centrais do modernismo brasileiro, formaram um dos casais mais icônicos da arte nacional, carinhosamente conhecidos como "Tarsiwald". O relacionamento intenso e culturalmente rico, que teve início com o casamento em 1926, durou até 1929, quando a união chegou ao fim após a descoberta de uma traição por parte de Oswald.

Antes do fim da relação, o impacto da tela “Abaporu” foi tão grande que inspirou o Manifesto Antropofágico, escrito por Oswald. Foi a partir dela que consolidou-se a ideia de “devorar” referências estrangeiras para criar algo novo e autenticamente brasileiro. 

Onde está o quadro “Abaporu”?

Hoje, “Abaporu” integra o acervo permanente do MALBA, Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires, na Argentina. 

A obra chegou à Argentina após passar por colecionadores particulares e leilões internacionais, sua presença em território estrangeiro gera debates sobre a importância de preservar patrimônios artísticos brasileiros dentro do país. Apesar disso, o museu argentino contribuiu para que a tela fosse exibida em mostras internacionais, ampliando ainda mais seu alcance.

O que foi o Manifesto Antropofágico?

O Movimento Antropofágico Brasileiro ficou caracterizado como um momento de “devoração” de influências estrangeiras para, assim, criar uma nova expressão cultural brasileira. 

O Movimento Antropofágico foi uma vertente da primeira fase do modernismo brasileiro (1922 a 1930). As ideias trazidas na Semana de Arte Moderna de 1922 abriram as portas para novas correntes e maneiras de se pensar a arte brasileira. 

A tela Abaporu (1928), de Tarsila do Amaral, foi a grande inspiração para que o escritor Oswald de Andrade idealizasse o movimento. Ele publicou o “Manifesto Antropófago” também em 1928, na Revista de Antropofagia, dando início ao movimento. Os fundadores foram a pintora Tarsila do Amaral e os escritores Oswald de Andrade e Raul Bopp.

"A grandeza da obra Abaporu se deu desde o início, porque naquele contexto ele acabou inspirando o Manifesto Antropófago, escrito por Oswald de Andrade, e o movimento que seria decorrente desse texto, a Antropofagia", disse Tarsilinha do Amaral, sobrinha-neta e responsável pelos direitos da obra de Tarsila do Amaral.

O texto virou referência para artistas e intelectuais que buscavam romper com modelos importados da europa. A metáfora da antropofagia cultural deu fôlego para pensar em uma arte que valorizasse elementos locais sem ignorar o diálogo internacional. Até hoje, o manifesto inspira debates sobre identidade brasileira.

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O que foi o “Grupo do Cinco”?

O Grupo dos Cinco foi o conjunto de artistas que liderou a Semana de Arte Moderna no Brasil formado pelas pintoras Anita Malfatti e Tarsila do Amaral, e pelos escritores Menotti Del Picchia, Oswald de Andrade e Mário de Andrade.

Semana de Arte Moderna de 1922 e Modernismo

O que foi a Semana de Arte Moderna de 1922?

A Semana de Arte Moderna aconteceu em fevereiro de 1922, no Theatro Municipal de São Paulo. 

O evento reuniu artistas, músicos, escritores e intelectuais que buscavam romper com a tradição acadêmica. Os artistas envolvidos propunham uma nova visão de arte, a partir de uma estética inovadora inspirada nas vanguardas europeias.

Juntos, eles buscavam uma renovação social e artística no país, evidenciada na "Semana de 22". O evento trouxe à tona uma reflexão sobre os processos artísticos e a apresentação de uma arte “mais brasileira”.

Aqui, aconteceu um rompimento com a arte acadêmica, contribuindo para uma mudança estética e para o Movimento Modernista no Brasil.

Tarsila do Amaral participou da semana de arte moderna?

Em fevereiro de 1922, Tarsila ainda estudava em Paris, longe dos palcos do Theatro Municipal. Só no retorno ao Brasil, meses depois, ela se aproximou do grupo modernista. Apesar da ausência, sua obra acabou sendo considerada uma das expressões mais completas do espírito da semana. Por isso, é comum associar seu nome ao movimento, ainda que não estivesse no evento. 

Quais são as pinturas mais famosas da semana de arte moderna?

Entre as obras mais lembradas da Semana de 22 estão “O Homem Amarelo” e “A Boba”, de Anita Malfatti, que representou ruptura estética, e esculturas de Victor Brecheret, como “Cabeça de Cristo” e “Eva”.

Artistas como Di Cavalcanti, Zina Aita e Vicente do Rego Monteiro também exibiram trabalhos marcantes. Essas peças ajudaram a traduzir visualmente a proposta modernista, que era questionar padrões e propor novas linguagens. a variedade de estilos mostrou a diversidade de caminhos dentro do modernismo brasileiro.

O que foi o movimento modernista?


O modernismo foi um movimento artístico e cultural que surgiu no início do século 20, com força no Brasil a partir de 1922 — após a Semana de 22.

Sua proposta era romper com os modelos acadêmicos e criar uma estética nova, mais ligada à realidade do país. O movimento não se limitou à pintura: literatura, música, teatro e arquitetura também foram transformados. Influenciado por vanguardas europeias, adaptou essas ideias à realidade brasileira, o modernismo se consolidou como divisor de águas na arte nacional.

Tarsila do Amaral foi uma artista do movimento modernista?

Tarsila do Amaral: pioneira do Modernismo Brasileiro ABC do ABC

Embora não estivesse presente na Semana de 22, as obras de Tarsila do Amaral encarnavam os princípios modernistas. Em “Abaporu”, por exemplo, ela sintetizou a ideia de um Brasil inventivo e original, ao mesmo tempo erudito e popular. 

Suas fases mostraram que o modernismo não foi estático, mas plural, aberto a diferentes caminhos, sua pintura dialoga tanto com as vanguardas europeias quanto com elementos locais. Por isso, Tarsila é considerada a grande representante visual do movimento.

Como a Tarsila ajudou a consolidar o modernismo no brasil?

Tarsila do Amaral deu rosto e cor às ideias modernistas, criando uma pintura que dialogava com as vanguardas europeias, mas tinha “sotaque brasileiro” digamos. 

Ao explorar símbolos nacionais, cores tropicais e cenas urbanas, mostrou que a arte podia falar de identidade brasileira, ao longo das décadas, Tarsila inaugurou debates sobre brasilidade, política e cultura popular. Essa postura consolidou o modernismo como movimento plural e duradouro, e tornou Tarsila uma pintora reconhecida internacionalmente. 

Por que Tarsila é considerada uma das maiores artistas do Brasil?

A importância de Tarsila do Amaral vem da capacidade de transformar referências estrangeiras em algo genuinamente brasileiro. Poucas artistas alcançaram reconhecimento internacional sem abrir mão da identidade local.

Sua trajetória atravessou décadas e manteve relevância mesmo diante de mudanças estéticas. Por isso, está em pé de igualdade com nomes que ajudaram a definir a cultura brasileira. 

Como as obras de Tarsila do Amaral dialogam com temas sociais e políticos?

Na fase social, na década de 1930, Tarsila do Amaral representou o crescimento industrial de São Paulo e a vida dos trabalhadores. Quadros como “Operários” e “Segunda Classe” mostraram a diversidade da população e as desigualdades visíveis nas cidades. 

Essa aproximação de ideais progressistas foi influenciada pela Revolução de 1930 e pela ascensão de movimentos operários. 

Tarsila buscou provocar reflexão e inspirar mudanças através de suas pinturas. Esse diálogo tornou sua obra ainda mais atual e conectada com o tempo.

As obras de Tarsila do Amaral estão expostas apenas no Brasil ou também no exterior? 

Parte significativa do acervo de Tarsila do Amaral está em museus brasileiros, como a Pinacoteca de São Paulo e o MASP. Mas várias telas ganharam espaço em coleções internacionais, como “Abaporu”, no MALBA, em Buenos Aires. 

Sua presença em mostras no MoMA, em Nova York, no Centre Pompidou e em outras instituições ampliou seu prestígio global. A circulação internacional consolidou o nome de Tarsila como figura essencial da arte latino-americana.

Qual é a importância da Tarsila do Amaral hoje para o ensino de arte e cultura no brasil?

Nas escolas, Tarsila do Amaral é estudada como referência do modernismo e como exemplo de artista que retratou a identidade nacional. Suas obras ajudam professores a discutir brasilidade, crítica social e o papel das mulheres na arte.

Além disso, aparecem em livros didáticos, exposições e até em produtos culturais. Essa presença constante garante que sua obra seja transmitida a novas gerações. Tarsila, portanto, segue viva como ferramenta de educação e cultura.

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Abaporu ou A Caipirinha: qual é a obra mais cara de Tarsila do Amaral?

Tarsila do Amaral é reconhecida mundialmente por suas obras icônicas, mas duas delas se destacam não só artisticamente, como também pelo valor financeiro: Abaporu e A Caipirinha.

Abaporu, pintado em 1928, é o quadro que inspirou o movimento antropofágico. Em 1995, o colecionador argentino Eduardo Costantini comprou a obra por US$ 1,3 milhão em um leilão em Nova York. Hoje, estimativas de mercado indicam que a tela poderia valer até US$ 40 milhões, consolidando seu prestígio internacional. Atualmente, o quadro está no acervo do MALBA, em Buenos Aires, e é considerado símbolo do modernismo brasileiro.

A Caipirinha, pintada em 1923, também chamou atenção do mercado de arte. Em dezembro de 2020, a obra foi arrematada em leilão na Bolsa de Arte de São Paulo por R$ 57,5 milhões, tornando-se a pintura brasileira mais cara vendida dentro do país até hoje. O quadro faz parte da fase Pau-Brasil de Tarsila e captura a brasilidade de forma leve e vibrante.

Tarsila do Amaral inventou a bebida caipirinha?


Há quem associe o título da obra “A Caipirinha”, de 1923, à invenção da bebida caipirinha. Mas essa história não encontra respaldo histórico. Tarsila nunca reivindicou autoria do drink, apenas usou o termo no quadro para reforçar suas raízes rurais (caipira). A confusão nasceu da coincidência de nomes, mas não tem fundamento.

Apesar de não ter inventado, Tarsila popularizou muito a bebida! 

A artista gostava de degustar a cachaça com limão. Ela oferecia essa bebida a outros artistas, inclusive, fora do país. No Brasil, a batida de limão era uma bebida feita com suco de limão, aguardente de cana de açúcar e açúcar. Na época, a bebida era chamada de brasileirinha ou brasileira. 

"A Caipirinha", tela de Tarsila, pode ser considerada "a primeira obra realmente moderna do país”, segundo o diretor da casa de leilões Bolsa de Arte de São Paulo, Jones Bergamin.

A pintura foi criada em 1923, durante sua fase conhecida como Pau-Brasil. A obra é marcada por cores vibrantes, formas simplificadas e elementos que remetem ao cotidiano e à cultura popular brasileira — características que prevalecem nas obras de Tarsila do Amaral.

A origem da caipirinha permanece um mistério. Seja qual for a sua história, uma coisa é certa: a caipirinha é um ícone da cultura brasileira e faz parte da história de Tarsila do Amaral.

Quantas pessoas têm direito à herança de Tarsila do Amaral?

Tarsila do Amaral morreu em 1973, aos 86 anos, sem deixar filhos ou marido. Sua única filha, Dulce Pinto, faleceu antes dela mesma. Atualmente, 56 pessoas têm direito à sua herança, todos descendentes de seus irmãos. 

Por anos, a gestão dos direitos e receitas esteve nas mãos da sobrinha-neta Tarsilinha, que deixou a empresa TALE (Tarsila do Amaral Licenciamento e Empreendimentos S.A.) em 2022. As desavenças familiares, que culminaram em uma disputa judicial, começaram após o quadro “A Lua” ser leiloado por US$ 20 milhões, em 2019. 

Quem administra a marca de Tarsila do Amaral?

Em meio à disputa entre herdeiros envolvendo a empresa que administra a marca de Tarsila do Amaral, Paola Montenegro, disse em entrevista para a Forbes, que: “a empresa vivia um momento de modernização e busca por mais transparência”, lembra a publicitária e estrategista digital, que é sobrinha-bisneta da pintora. “Quando me sentei com os diretores para apresentar minhas ideias sobre o legado de Tarsila, ficou claro que, naquele momento, eu era a pessoa certa.”

Tarsila S/A' sob nova gestão: os planos da sobrinha bisneta para tornar a  pintora ainda mais pop

Paola já cuidava, desde 2021, das redes sociais de Tarsila. Em 2023, passou a liderar a TALE (Tarsila do Amaral Licenciamento e Empreendimentos S.A.), criada em 2005 pelos sobrinhos-netos da artista para gerir os direitos sobre sua obra. “Cada parceria reafirma o valor do patrimônio cultural brasileiro e amplia o alcance da obra de uma das maiores artistas nacionais.”

Na hora de fechar parcerias, Paola e a diretoria – composta por quatro membros da família da artista – consideram o impacto no posicionamento da marca. Entre os critérios estão: ser uma empresa brasileira, com compromisso com a sustentabilidade, alcance nacional e produtos de qualidade “à altura da Tarsila”.

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Cada peça da coleção celebra o legado de Tarsila do Amaral, trazendo cores, formas e símbolos que marcaram o modernismo brasileiro. Seja em camisetas, canecas, bandeiras e bonés, a inspiração das obras mais icônicas da artista ganha vida em produtos únicos e cheios de estilo.

Uma oportunidade de vestir, usar e compartilhar criatividade, identidade e cultura, mantendo viva a memória de Tarsila para as próximas gerações.

Que venham os 140 anos do legado de Tarsila do Amaral!

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