Loja

Secos & Molhados & Poesia

Investigamos os versos presentes nas letras de uma das poucas bandas que representou o glam rock em terras tupiniquins. Se você acha as canções do Secos & Molhados pura poesia, pode ser literal sem medo, elas de fato são.


• 2 mins de leitura
Secos & Molhados & Poesia

Na Semana Brasilidade Chico Rei, visitamos um armazém de Secos & Molhados para investigar a poesia presente nas letras de uma das poucas bandas que representou o glam rock em terras tupiniquins. Se você acha as canções do grupo formado por Ney Matogrosso, João Ricardo e Gerson Conrad pura poesia, pode ser literal sem medo, elas de fato são.

O grupo formado nos anos 70, em São Paulo, pintou o rosto e usou um figurino incomum para cantar e bailar ao som de poesias de autores como Fernando Pessoa, Manuel Bandeira, Vinicius de Moraes, Oswald de Andrade, Cassiano Ricardo e João Apolinário. Confira aqui alguns dos autores que viraram música nessa mistura de “quem tem consciência para ter coragem”.

Amor

João Ricardo, idealizador do Secos & Molhados, é filho do poeta João Apolinário e não faltaram letras do pai na música do filho. O amor e seu movimento “leve, como leve pluma” ou “suave coisa nenhuma” é uma dessas poesias que passaram a ser cantadas. Os versos vieram pousar muito leves em nosso estúdio virando uma estampa assim “simples e suave coisa”.  

Rondó do Capitão

Bão balalão, Senhor Capitão. Tirai este peso do meu coração”. O poema de Manuel Bandeira, escrito na década de 40, foi musicado no primeiro álbum do Secos & Molhados, de 1973.

A Rosa de Hiroshima

Poema de Vinicius de Moraes, da década de 50, em referência à bomba atômica lançada sobre a cidade japonesa na Segunda Guerra Mundial. Foi musicada por Gerson Conrad no disco de estreia do Secos & Molhados e lançada em plena ditadura militar no Brasil. Foi a décima terceira canção mais executada nas rádios brasileiras em 1973.

Flores Astrais

Flores Astrais também tem letra de João Apolinário musicada pelo filho João Ricardo. “Todas as cores e outras mais/Procriam flores astrais”. Na Chico Rei essas flores astrais viraram pôster e capa de celular. Abaixo você confere a preciosidade que é esse clipe dos anos 70.

O Patrão Nosso de Cada Dia

Eu já não sei se sei/ De tudo ou quase tudo/ Eu só sei de mim/ De nós/ De todo o mundo”. Os versos de Fernando Pessoa viraram canção no primeiro álbum do Secos & Molhados.

Tercer Mundo

A letra de Tercer Mundo, do segundo disco do Secos & Molhados, originou-se de "La Prosa del Observatorio", do autor argentino Julio Cortázar, texto publicado em 1972.

Para conferir mais poesia feita em Terra Brasilis, clique aqui e conheça os produtos da Chico Rei estampados em bom português.


Tags

Secos & Molhados, brasilidade, música, Manuel Bandeira, Vinicius de Moraes, Oswald de Andrade, Fernando Pessoa, Julio Cortázar