Não há como negar o marco na história da música causado por David Bowie, o artista iniciou sua jornada muito cedo e produziu músicas inesquecíveis ao longo de sua carreira – que inclusive são tocadas até hoje. O artista ficou conhecido por seu estilo excêntrico e por produções que fazem parte de momentos históricos. Ao longo de sua carreira, Bowie foi lembrado por sua versatilidade musical, que perpassou por diversos gêneros musicais, e assim ficou conhecido como o eterno Camaleão do Rock.
Aqui no blog do Chico Rei, estamos sempre comentando assuntos relacionados à musicalidade e afins. Confira também nosso post com a playlist da equipe Chico Rei. São várias músicas de muito bom gosto para quem ama a música em todas as suas vertentes.
O início da carreira
Bowie se dedicou à carreira da música desde muito cedo, desde sua adolescência. Especificamente aos treze anos, o artista já iniciava seu aprendizado em alguns instrumentos musicais como saxofone e piano. Este foi o primeiro passo que ele deu em direção a arte que então seria produzida durante toda sua vida.
Outra característica especial do cantor eram seus olhos – ele possuía uma pupila maior do que a outra. Ele ficou assim após uma briga com George Underwood, um colega de infância que lhe deu um soco no olho usando um anel. O artista passou por uma cirurgia no local, mas mesmo assim, permaneceu com anisocoria, o que fez com que sua pupila se tornasse permanentemente dilatada.
Bowie montou sua primeira banda com 15 anos. Denominada Kon-rads, a banda chegou a lançar um single chamado "Liza Jane", no entanto não chegou a fazer sucesso. Ele ainda teve participação em diversos outros grupos, também sem sucesso. Sua jornada para a fama começou quando ele, já em carreira solo, lançou "Space Oddity", lançada junto a chegada do homem à lua. Ali se iniciava a ascensão de Bowie às principais paradas mundiais.
Anos 70: ascensão na carreira
Bowie inicia a década adentrando ao estilo de rock pesado experimental, lançando "The Man Who Sold The World" em 1970 e "Hunky Dory" em 1971. Em seguida, Bowie lança o que seria um dos maiores álbuns da história do rock e de sua carreira, "The Rise And Fall Of Ziggy Stardust And The Spiders From Mars" de 1972 .
A obra era composta por muita arte e um conceito incrível, em que Bowie interpretava musicalmente Ziggy Stardust, um rockstar alienígena ao estilo glam rock. Logo mais, em 1974, o cantor se muda para os Estados Unidos, lançando o álbum "Diamond Dogs", que chega a fazer sucesso, no entanto, na época Bowie estava passando por problemas com o consumo de drogas.
Anos 80: parcerias e instabilidades
Bowie chega à nova década com o lançamento de um álbum que denominou "Scary Monsters (and Super Creeps)", que continha seu grande sucesso chamado "Ashes to Ashes" . A música não demorou a alcançar o primeiro lugar nas paradas de sucesso.
A década de 80 foi muito especial, pois permitiu a Bowie grandes parcerias como Queen, Tina Turner, Iggy Pop e Mick Jagger. Foram grandes sucessos, que agregaram grandemente à carreira de Bowie, contudo, foi uma década complicada para o artista por alguns fracassos como no álbum "Never Let Me Down" e a turnê "Glass Spider Tour". Ambos não trouxeram todo o sucesso esperado.
Anos 90: carreira solo e bandas
Com a chegada dos anos 90, o cantor resolve deixar sua carreira solo e monta a banda Tin Machine, que chega a lançar alguns álbuns e realizar algumas turnês mas acaba não recebendo muita audiência. Além disso, a banda lança um álbum com um de seus integrantes nus, o que inevitavelmente fere a moral da época. Muito corajosos, não é mesmo?
Com a popularidade da banda afetada, o artista decide retornar à carreira solo se aproximando do estilo eletrônico, enfatizando sua flexibilidade de se adaptar a novos estilos.
Anos 2000: pausa na carreira
Em 2002, David Bowie lança o sombrio álbum Heathen, que foi produzido com base em inspirações nos ataques de 11 de setembro. Inclusive, este álbum foi muito aclamado pela crítica. Já no ano seguinte, Bowie lança "Reality". Logo após, em 2004, o cantor sofre um infarto durante uma turnê e decide que é hora de pausar sua carreira.
Depois de 9 anos, especificamente em 2013, Bowie retornas aos palcos com "The Next Day", uma de suas obras mais famosas. No entanto, enquanto esteve longe dos holofotes, o artistas escreveu os álbuns Live Santa Monica ‘72” e “Toy”.
Seu último álbum foi “Blackstar”, lançado em 2016 como uma forma de despedida da música, no dia de seu aniversário. Dois dias depois o artista morre devido a um câncer contra o qual ele lutava há 18 meses.
A moda idiossincrática em David Bowie
O artista sempre se destacou muito por suas composições de qualidade. Mas ele não parou por aí, outro aspecto que chamava muita atenção eram os looks que o artista usava. Ao criar personagens especialmente para interpretar suas músicas, o artista conseguia também criar looks que davam muita personalidade a cada som e interpretação.
Com a tintura vermelha e o corte mullet em seu cabelo, o cantor conseguia viver o rock dentro de si. Em relação ao vestuário, Bowie costumava usar roupas com muito brilho e bem apertadas, além de maquiagem em seu rosto. É necessário enfatizar os tabus que o cantor enfrentava, uma vez que mesmo dentro de um estilo como o rock, ele enfrentou muito preconceito e resistência.
O que levava o cantor a enfrentar problemas ao expor sua sexualidade. Inicialmente ele se assume homossexual. Logo mais, diz publicamente que é bissexual, logo mais, volta atrás e contesta suas afirmações, dizendo que é “um heterossexual no armário” em uma entrevista.
O sucesso nas composições de Bowie
David Bowie será lembrado eternamente pela música e por toda a contribuição que fez à arte. Suas letras ainda são referenciadas por outros artistas e na literatura. Listamos abaixo suas mais famosas composições e algumas referências que foram feitas a ela.
Heroes
Esta obra-prima impactou a indústria da música, retratando dois amores divididos em lados opostos do muro de Berlim. Hoje é considerada como uma das melhores composições do artista, sendo classificada até mesmo com uma das melhores dos últimos tempos – e com razão – pela revista Rolling Stones.
Stephen Chbosky, roteirista norte-americano e escritor do livro "As Vantagens de Ser Invisível" (1999) traz a música como uma das principais em seu livro. A obra foi adaptada para o cinema, e por lá também há a presença da música. A letra se encaixa muito bem no enredo formando uma complementação à história. Vale a pena conferir!
Life on Mars
Esta também é uma obra que conta a história de uma garotinha que passa por vários problemas e em meio à situações terríveis ao seu redor, imagina um lugar para se estar, e deseja estar nesse lugar para fugir dos problemas da sociedade atual.
A cantora norte-americana Lana del Rey cita a música em seu álbum "Norman Fucking Rockwell" na música "The Greatest". A artista, em um contexto melancólico de sua letra cita "Life on Mars não é apenas uma música" ressaltando que a letra de Bowie atua como uma denúncia sobre os problemas do mundo em que vivemos.
Starman
Em Starman, Bowie retrata que seu personagem está passando para um garoto um pouco de esperança em relação à humanidade. O "homem das estrelas" assegura que tudo ficará bem por aqui. É uma ótima letra que serve como alento para épocas mais sombrias da vida, aquelas em que necessitamos saber que as situações atuais, por mais difíceis que estejam, vão passar.
A música faz parte da trilha sonora "Perdido em Marte"(2015). Um filme que aborda a história de um astronauta que viaja a Marte e fica preso no planeta vermelho. No enredo, é possível relembrar a pergunta feita por Bowie: "Is there life on Mars?". O que podemos dizer? Neste caso, sim.
E aí? Gostou deste post? O legado de Bowie ficará eternamente em nosso coração. Ele acrescentou muito ao rock e à música. Falando em rock, se você também curte rock nacional, confira nosso post com as 10 melhores músicas de rock nacional de todos os tempos.
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