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Assistidos pandêmicos #1

Maratonando tudo e todos, do luxo ao lixo, com resenhas em pílulas quase sem spoiler: #ficaadica pra quem #ficaemcasa


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Assistidos pandêmicos #1

Sweet Tooth

Um híbrido tão fofo, mas tão fofo, que geral quer decepar sua cabeça, empalhar e pendurar na parede. Ou extirpar sua glândula pineal, fazer um antídoto e hipoteticamente salvar a humanidade. Das coisas motivadoras para assistir nos tempos sombrios que vivemos, mesmo com figurinos/maquiagem compradas no AliExpress; e efeitos visuais iguais aos da Vila do Chaves - porém, nada que desvirtue a fofura da série. Bônus para o rabugento Grandão e ônus aos gatilhos pandêmicos. PS: Gus é galo doido, vide sua entrevista com a camisa do Atlético.

Lupin

Assane Diop é lindo, assim como sua coleção de Nikes Air Jordan. Dançando Four Tops, enquanto prepara um rango pro seu dog adotivo, então... Na parte 2, mais do mesmo: descompromissada mescla de Código Da Vinci, Identidade Bourne e Missão Impossível, pra largar-se no sofá e ficar com a boca laranja de tanto comer Doritos. Pontos para Assane vestido de Derrick Green/Sepultura; e a questão talvez respondida: habemus parte 3!?

Mãe

Num sei pra tu, mas a coisa bíblica de Mãe só veio-me nos finalmentes, com muita reflexão e cerveja pra acalmar a agonia das últimas cenas - ocasionada pelas recentes fobias sociais no que tange AGLOMERAÇÃO. Redenção sacrossanta de Darren Aronofsky, depois de Noé: um diluvio de merda, com o perdão do trocadilho. A insuportável Eva de Michelle Pfeiffer é celestial. Crucifiquem-me, mas colocaria Mãe no Top 20 Terror Psicológico Moderno, porém longe de A Bruxa, O Farol e Midsommar.

ELI

“Nunca mais eu bebo”; “nunca mais assisto um jump scare”. Promessas nascidas para serem quebradas, mas logo com: ELI? Daqueles pecados da terrorlogia, requentando fórmulas desgastadíssimas, vendendo-o como o filme mais assustador de 2019. Efeitos toscos, final previsível e o pior: a premissa do roteiro era ótima - do tipo engana trouxas, feito eu. Sei lá, num sei mais o que dizer sobre... Então vai um: #bolsonarogenocida, só pra não perder o post.


Sobre o metido a resenhista: nascido na mitológica Caratinga (MG), Tiago Santos-Vieira fez voto de pobreza ao optar pelo Jornalismo (UFJF). Da miséria, passou à escravidão voluntária, trabalhando com periódicos em São Paulo (chegando a morar em um MOTEL). Foi um rasgo temporal produtivo, com publicações nas revistas Rolling Stone, Trip/TPM, Riders e no Diário de Guarulhos. Fechado esse ciclo, voltou à Terra do Nunca, vulgo Caratinga, passando uma temporada trancafiado num quarto escuro. Quando viu a luz, fora aprovado em um concurso público e estava grávido de um livro. Foi então morar em Brasília, onde, após sanguinolenta gestação, pariu o suspense Elos do Mau Agouro. Torna agora a Minas, publicando o infantil As Aventuras do Super Careca e o suspense Dança das Bestas. Siga o Autor: @santosvieiratiago


Tags

tiago santos-vieira, assistidos pandemicos, cinema, pandemia, resenha


Escrito por

Tiago Santos-Vieira

Escritor e jornalista; é autor dos livros Dança das Bestas, Elos do Mau Agouro e As Aventuras do Super Careca. Foi colaborador das revistas Rolling Stone, Trip/TPM e é brother da Chico Rei.