Nada de temperos; apenas pitadas de sal. Nada de manteiga ou azeite; um fio de óleo na frigideira, só para “puxar”, como dita a gastronomia: o “bife de bunda”, por demais adiposo, fritaria na própria gordura.
O amadurecimento deve ser orientado. Levado nos braços enquanto criança, norteado na adolescência e talvez um chute na bunda no limiar da vida adulta: “já deu, arruma um trampo, e os concurso? Se vira!”. Por que há de se seguir regras ao envelhecer?
“Bruxismo? Não! Você tem é Satanismo mesmo”, disse o dentista, sobre aquela mandíbula toda fudida. Mas de onde vem tamanha pressão... Travando maxilar diuturnamente, limando dente com dente, deixando todos na mesma altura?
A alvura dos azulejos lembrava um açougue em fim de expediente. É quando os carnífices largam as facas, munindo-se de escovas e água sanitária, fazendo escorrer pelo ralo sangue, suor e demais fluídos laborais. Mas ainda que exalando brancura hospitalar, o interior dos ladrilhos os denunciavam...
Tudo às avessas, inclusive a aquisição de experiência no galopar dos anos. Mais velho, em vez de safo, mais inocente ficaste. Ou talvez parara no tempo, enquanto quem o rodeava atingia excelência em performance. Numa modalidade que dia desses constará na carta olímpica de opções: a puxação de saco?!
Tá! Não pode falar do “1° colocado”. Nem do isentão pavio curto, que vai tirar seu nome do Serasa. Muito menos da moça das sobrancelhas livres - até porque as taturanas são dela e ninguém tem nada com isso. Também não falemos do picolé de chuchu.
Comecemos a crônica mais uma vez com aquele círculo retórico/ratoeira-pega-leitor: polemizar, lançar premissa e respondê-la com temperinhos sarcásticos-bem-humorados-autodepreciativos. É um ridículo esse Escriba! Tão burlesco que, até pra fazer boa ação, usa de segundas intenções. Há tempos ele parou de jogar mãos aos céus, pedindo, pedindo e nada acontecendo. Sua credibilidade nas encruzilhadas também não tá lá essas coisas. Belzebu lhe processou por falsificação, porque assinava seus pactos com sangue alheio. E já que num tava conseguindo nada de cima, nem de baixo, resolveu-se por ser um interesseiro do
Porque a força mística que rege o mundo há de recompensar os para-raios de maluco. É tu, com esse padrão astral diferenciado, rearranjando moléculas numa sina: mesmo você se esforçando em repelir, atrai os doidão tudo pra sua vida. Num dá pra fugir de maluco não! É tipo Zumbilândia: corte a cabeça de um e aparece uns catorze do nada, querendo comer-lhe o cérebro… Ou escutar uma palavra de conforto, ganhar um abraço revigorante, ou qualquer gesto que reinicie seus aplicativos – travados pela incapacidade dos outros em compreender o jeitinho
E se no degelo do desespero você encontrar contigo mesmo? Jorrando icebergs do mesmo estômago que descansam sapos, centopéias e ratazanas… Gelo seco trincando copos de puro Bourbon de Cana, duma alambicagem secreta que nem Don Pablo ousaria traficar. E se nesse mesmo bucho pousasse a mais perfeita das feijoadas, quão saborosa quanto lisérgica… A ponto da onda alcalina digestiva transmutar-se num tapete mágico – flutuando beijos de língua com o passado; salivando cachaça como combustível. Entendeu alguma coisa? Nem eu! Peripécias gastronômicas à parte: concretemos os dois pés no chão,
Frango de padaria ladeando a macarronada. Resolveram trocar o sagrado líquido negro do capitalismo – que não deixa de ser maravilhoso por isso – pelo novo refri de tangerina albina de Madagascar. Nem precisava tanto pra que o tio esquerdopata, barbudo e de camisa vermelha, arremessasse um pão com salame no irmão. Com calça social terminada num mocassim, o agredido saca uma coxinha, bombardeando de volta. E antes do sobrinho Golpista, que Impeachmou a Coca pela Fanta-sabor-desgraça-familiar, gritar “guerra de comidaaaa!”… A matriarca berra: “chegaaaa! Respeitem ao menos o almoço de domingo”
Eles estão entre nós! E se esforçando muito para tal feito. Não se trata de invasão alienígena, ou de outra forma inteligente. É bem mais terreno que isso. Para alguns, é extremamente doloroso realizar atos simplórios à Maioria. Nada de empecilhos físicos, indo muito além das rampas de acesso para cadeirantes – o que também valeria uma problematização, né!?! Existe um consenso normativo que nos é apregoado desde a primeira infância. Retroalimentado dia após dia, até que nos tornemos partícipes ativos da sociedade. Uma teia de valores, jogando luz no que
Claro que empunhar um taco de basebol e quebrar a porra toda é mais interessante. Não se envergonhe caso tenha ímpeto em fazê-lo. Fúria, Raiva, Ranço e toda sorte de sentimentos inflamáveis. Combustíveis gratuitos, abundantes e não raros feito o petróleo, mas tão nocivos quanto. É impossível desviar de tais emoções: lidar é melhor que asfixiar. Arremessar a cadeira no vidro da sala do chefe, após um esporro homérico em público. Imagine a plástica cinematográfica dos movimentos. Tentador, não?! Mas a praxe versa diferente: envermelhar-se de Fúria, perante a impotência
Sentir saudades daquilo que não se viveu… Sequela da lobotomia vintage a que somos submetidos diuturnamente. Parou pra pensar que um percentual considerável de nossas memórias são construídas? O carinho com que se assiste à “Stranger Things 2”, por exemplo… Não é condizente a quem nasceu na virada dos 80’s para os 90’s. Quem tinha dois anos em 1989, não é apto para comentários convictos sobre ombreiras enormes, polainas e mangas bufantes. Biologicamente e excluindo espiritualismos, nessa idade, inexiste cognição rememorativa para tal. O escriba, por oportuno, não
O nervo temporal pulsa em semi-derrame, a cada chamada para o Globo Play. Publicidade via TV aberta, convidando a pagar por conteúdo fechado na Internet: zona livre essencialmente. A contraposição requinta o esdrúxulo, quando outro bastião da televisão abre pernas à gratuidade de informação. Do aneurisma midiológico, se vai ao orgasmo estratégico, vendo os episódios do Masterchef integralmente disponibilizado no Youtube. Oportunamente, salve o chef juizforano… E brindemos à Band, por estender a monetização de seu principal produto à Internet. Diferente da TV, se não há no Youtube intervalos para
“As melhores práticas para sua Reprogramação Mental – Ligue agora e agende uma consulta com nossos Benfeitores!” Reprogramação Mental! Sente o quão pesado é o termo? Parece pinçado da mais POP das epopeias retro-futuristas: Laranja Mecânica, onde o jovem Alex, na cadeia, é submetido a um experimento de engenharia social, regado a drogas e hipnose, com resultados catastróficos! O que não significa ser a tal Reprogramação Mental desastrosa (essa marca de camisetas aí poderia re-re-reeditar a ClockWork Banana, né!?!). Antecipando-se às críticas, façamos mea culpa: nada aqui se sabe sobre Reprogramação